O sudoeste ibérico, doa a quem doer, é a despensa indispensável do planeta. Acolhe a maior coleção de alimentos, com a qual não apenas alimenta boa parte da humanidade, mas também forma uma barreira natural contra a desertificação.

Os alimentos derivados de pecuária extensiva ligada ao agroecossistema de montado, podem ser considerados alimentos para fazer face às alterações climáticas. O montado é um bom exemplo de um sistema agrícola de elevado valor natural, que produz alimentos com baixas emissões de carbono e pode contribuir para fixação líquida de carbono.

Existe um cordão umbilical mais do que evidente entre as Alterações Climáticas e a Pecuária extensiva, a chamada PEGADA DE CARBONO. Imagine que esta pegada é um semáforo que nos alerta e informa sobre a quantidade de gases de efeito estufa que são emitidos para a atmosfera, devido aos processos que são realizados para a produção de alimentos. É mais do que evidente que toda ação humana deixa um rasto, uma pegada, uma marca.

O gado que vemos pastando no campo não é apenas um selo da pastorícia, é muito mais do que isso: com a sua presença, atuam como um efeito de barreira contra as investidas do clima e, portanto, contribuem para travar fomes futuras. Ao medir a pegada de carbono, podemos averiguar o efeito mágico de tal equilíbrio.

No Projeto Live Life Adapt explicamos porquê, nos sistemas pecuária extensiva, é essencial que o cálculo da Pegada de Carbono leve em conta, não apenas as emissões derivadas da pecuária, mas também a capacidade deste ecossistema de sequestrar o CO2 atmosférico.

Medindo os stocks de Carbono nos solos dos montados e a sua taxa de variação nos últimos 22 anos, estima-se que estes solos têm uma capacidade média de sequestro de carbono de cerca de 0,83 Toneladas de C/ha/ano, uma capacidade que parece ser melhorada pela presença de gado nas parcelas.

Saiba mais sobre o Projeto Live Life Adapt para a adaptação da pecuária extensiva às alterações climáticas.